segunda-feira, 14 de outubro de 2019

TRAVESSIA TRANSMONTANA 11 a 13 de Outubro 2019

Ainda a recuperar as forças e com emoções à flor da pele, o que dizer de mais esta Travessia Transmontana edição 2019!



 Foram três dias com sentimento de realização. Sentimento de quem estava a precisar de uma coisa destas!



Uma edição novamente ganha! Ganha no sentido de realização pessoal. 
Um evento épico, amigos fantásticos, staff super atencioso e podia continuar nos elogios...


Este evento, que já conta com a sua quarta edição, como na edição do ano passado, foi composta por três longas etapas em linha, ou seja, o ponto de partida e de chegada são sempre em cidades diferentes, os hotéis foram os mesmos os quilómetros entre eles é que foram mais longos e a dureza dos percursos também aumentaram e de que maneira.

A beleza e dureza dos percursos selecionados, acrescida ao convívio dentro e fora dos trilhos foram sem dúvida o maior incentivo a quem a cada dia tentava superar as suas metas, desafios ou objectivos.

Estivemos em 4 hotéis diferentes, visitamos 7 municípios e atravessamos 72 aldeias. Tudo isto em 3 dias, em cima da bicicleta, guiados por GPS durante 325km, com 8560m de subida acumulada, 17h a pedalar na totalidade segundo o meu GPS WHAOO ROAM e em autonomia, embora sempre acompanhados de perto pela organização.



A etapa do primeiro dia, sexta-feira dia 11, partida foi dada mais uma vez no sempre impactante Castelo de Bragança, para fazer a ligação Bragança- Macedo de Cavaleiros - Mirandela. O dia começou bem fresco, mas a subida de temperatura não tardou em aparecer a juntar à parte de maior dificuldade do dia dos 117km na ligação Bragança - Macedo de Cavaleiros - Mirandela. O início da etapa fomos brindados com rampas de inclinação soberbas, logo a mostrar aos participantes para o que vinhamos e o que nôs estava reservado ... DUREZA!



O trilho em volta da Albufeira do Azibo, que eu já conhecia parcialmente foi, para mim, o ex-libris do dia como no ano passado mas percorrido ligeiramente por trilho diferente.
A chegada a Mirandela fez-se sobre a ponte do rio Tua com uma paisagem envolvente de cortar a respiração.


A segunda etapa, sábado dia 12, composta por 115km com 3.318 de acumulado, ligou ​Mirandela - Murça - Vila Pouca de Aguiar. 



Visitamos a lendária (Município) Porca de Murça onde estava localizado o abastecimento, reforço alimentar, do dia e logo de seguida enfrentar a calçada romana junto ao rio Tindela, com passagem sobre a ponte romana em que desafiou todos os corajosos na dificuldade que é a transposição das pedras sobressaídas da calçada. Um verdadeiro massacre aos músculos já doridos da etapa do dia anterior. 



Etapa Rainha bem se pode dizer! Sem duvida! 
Uma etapa que foi bastante desafiante para os participantes, bem delineado em que teve de tudo. As paisagens eram convidativas a serem apreciadas, mas com cautela porque tínhamos de ter cuidado ao retirar os olhos dos trilhos, é que algumas inclinações eram de tirar o nosso fôlego. De vez em quando ainda dava para espreitar pelo canto do olho em que mais parecia que recebíamos uma lufar de energia ao deslumbrar belas paisagens... 
Foi um dia em que fisicamente até me senti bem melhor que o anterior. Mas que me provocou uma valente dor de pernas e que me fez estar receoso de como iria estar o corpo no dia seguinte. 
Das edições anteriores esta vinha a demonstrar o porquê de só 30 participantes terem concluído os três dias da Travessia. Foi uma etapa em que também tive direito a um furo. Mas o cronómetro és tu e chegar ao fim desta etapa era o mais importante e que infelizmente não foi para todos. Alguns dos que chegaram, já tinham em mente que não iriam arrancar no dia seguinte. 
Fantásticas paisagens foi certo.
Traçado muito bonito, mas que BRUTALIDADE



Com os quilómetros acumulados do dia anterior, partimos no Domingo com sinais de chuva e de muita dificuldade à nossa espera, partimos para a terceira e ultima etapa num percurso com 92 Km, 2600 metros de Altitude acumulado, ligação Vila Pouca - Mondim de Basto atravessando a Serra do Alvão. A meta estava situada Água Hotel Mondim, para ai terminar mas para isso ainda teríamos de fazer a chegada ao hotel pela DURA subida por trilho igual ao ano anterior.


As temperaturas e condições climatéricas foram de extremos! Atravessar o Parque Natural do Alvão foi muito complicado derivado ao frio, chuva e o muito vento, ao ponto de chegar ao abastecimento a bater o dente. Depois do abastecimento foi tudo mais suportável, não dava para apreciar as paisagens derivado ao denso nevoeiro, mas as matas dava um cenário cinematográfico muito bonito e ainda fomos quase fazer uma visita à mítica Senhora da Graça no Monte Farinha.



Uma experiência e Aventura que conto repetir sempre nos próximos anos.



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