terça-feira, 11 de agosto de 2015

VCGExtreme 2015 7/8/9 de Agosto

Extreme! Foi uma experiência muito boa, mas... há alturas em que nem tudo corre como queremos.

O Extreme foi composto por 3 dias. O 1° dia correu-nos bem o prólogo, não tivemos tempo para fazer o reconhecimento da pista como seria desejável mas a classificação foi boa. O 2° dia correu bem e muito mal. O 3° dia não correu.

Comecemos então pelo 2° dia que acabou por influenciar nestas sensações que acabaram por ficar. Arrancamos muito bem para os mais de 130 km de dureza extrema de Vila do Conde - Arcos de Valdevez. 
Nos primeiros 40 km andávamos bem colocados na corrida entre os 10 primeiros à geral até que começam os primeiros contratempos… depois de ultrapassada a dura subida ao mítico Penedo das Letras em Famalicão (dura mas soft em relação às que tínhamos ainda para enfrentar), um pequeno engano de navegação do Pedro que foi à esquerda enquanto eu segui no trilho correto à direita, e que era sempre a descer cerca de 2km chegando ao final reparo que o Pedro não vem atrás, parei, alguém me diz, depois de perguntar se viram alguém, que tinha partido a corrente. Voltei pra trás em seu auxílio e pumba logo ter de subir pelo lado mais difícil ao Penedo das Letras fazendo uma parte com a bike à mão. Chegando ao pé do Pedro que entretanto já tinha conseguido resolver o problema com um elo de engate, por nós já tinham passado muitas duplas mas, muita corrida ainda tínhamos pela frente, impusemos um bom ritmo, recuperávamos lugares e, eis que fico sem bataria no gps (!). Só um a navegar não é fácil, para mais com um gps novo e diferente do que estava habituado. 

Começamos a ter vários problemas de navegação mas mesmo assim íamos a recuperar posições. Depois de até termos ultrapassado a maior dificuldade do percurso e de termos feito um excelente trabalho de recuperação, entrarmos no top 5. 
Novo constatar de que estávamos fora de rumo, rolávamos a boa velocidade e, fruto do cansaço, uma travagem e enfio-me contra o Pedro violentamente, capotei e bati com os joelhos na bike do Pedro o que veio a condicionar o resto da minha participação. As dores eram bastantes, a juntar ao tempo ainda que demoramos a encontrar de novo o rumo e só quando ao voltamos para trás e encontramos outra dupla é que voltamos a encontrar o trajeto correto. 
Seguimos mas com muitas dificuldades da minha parte em conseguir aguentar o ritmo com as dores que sentia, os joelhos a sangrar e sentia a inflamação a aumentar, já nada funcionava… 
A partir daí nada mais funcionou, comecei a sentir-me cada vez mais debilitado e arrastei-me até ao final… cheio de dores, a desidratar, cãibras a aparecer… estava a antever o pior - dificilmente ia estar em condições para o dia seguinte tal o estado em que acabei a segunda etapa.
 Com todo o esforço acabamos por conseguir chegar em 7°lugar, com 8h de prova mas com tempo em movimento de 7h15.
Debilitado e com muitas dores, só consegui alimentar-me à noite (não entrava nada na boca). Noite muito mal dormida, muito barulho derivado às festas em Arcos de Valdevez, muitas dores, enfim... No dia seguinte, Domingo, a vontade de subir para cima da bike era nenhuma. As dores não tinham passado, o meu rosto continuava a mostrar sinais do meu estado de debilitação mas estava com vontade de ir à luta pois não ia desistir sem pelo menos tentar.

Cerca das 9h foi dada a partida para a 3ª e última etapa desta dura prova. Começamos logo a subir, eram uns 15km de muita inclinação o que não era bom prefácio face ao meu estado físico. Ao km 6, devido á dureza do percurso, encontramos a primeira zona de abastecimento. A minha vontade era de ficar por lá, mas tinha de tentar mais um bocado pois não queria deixar o meu parceiro… Seguimos até Ponte de Lima, não aguentava com dores, disse ao Pedro para seguir que com meia hora de penalização que teríamos dava para ficarmos classificados. Aproveitei para lavar as feridas e refrescar as pernas no rio Lima. Finalizava assim com muita tristeza esta minha participação e experiência nesta dura prova de etapas.

A organização esteve impecável não deixando faltar nada aos participantes. Os abastecimentos estavam bem colocados e distribuídos com tudo o que seria necessário para nos alimentarmos e com um excelente apoio técnico. Só tenho um pequeno reparo que tem a ver com a dureza extrema de uma prova de 3 dias, em que a dureza da segunda etapa foi algo exagerada na extensão de km e numa parte perigosa depois dos 100km em que já chegávamos com muita fadiga e o discernimento no limite, a leitura já não era a melhor e se acontece algo de pior só de helicóptero conseguiriam tirar as pessoas de lá. Tudo o resto esteve num nível organizativo muito elevado com pessoas sempre prontas a ajudar e em que nada faltou. Excelente! Parabéns à organização e ao imenso staff.
Pessoalmente fiquei em muito mau estado mas agora é recuperar e que venha a próxima aventura!


Este próximo fim-de-semana promete já muita diversão em cima da bike!

Obrigado mais uma vez a quem me acompanha e me ajuda nestas minhas aventuras, Sofia, amigos e parceiros.







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