segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Caminhada e montanhismo no Gerês 20.11.11

Este domingo combinamos uma caminhada no Gerês, Sofia, Filipe, Riplas e João. Inicialmente pensamos em ir aos Carris mas depois optamos pelo que supostamente seria um percurso mais curto Sarilhão, Cabril e Albergaria. Para quem não sabe é um percurso com um grau de dificuldade médio a elevado.


Este percurso teve inicio a 100 mts do parque de campismo do Campo do Gerês, onde deixamos o carro e partimos para a aventura.



Logo nos primeiros km o GPS da Riplas não estava em sintonia com as marcações, mas ela confiava mais no GPS até ter dado por ela que ele nos metia em trabalhos... o track que ela tinha conseguido de alguém que tinha feito isto há 3 dias levava-nos sempre pelos piores sitios e lá tinhamos nós de "cabritar" como dizia o João.









O percurso que percorremos passou pelo Muro do Penedo Furado que tem ou tinha (já está um bocado destruído em alguma zonas) como função manter o gado no monte, evitando que este desça para o vale e para os campos e hortas da população que vive nas proximidades do Campo do Gerês.




Nesta zona e no seu acesso encontramos muito "mato" que pelos vistos tem nome próprio - queiró, urze, carqueja e tojo. Parece que cresce muito devido à abundância de rochas ácidas e à precipitação elevada. Pois o que é certo é que os meus "pernitos" ficaram completamente destruidos já pareciam as barbas do Pai Natal de tantos fios puxados!



o Abrigo do Prado Amarelo





Este local era uma espécie de prado bastante ensopado de água porque tem menor declive e fica entre as enormes rochas. Tradicionalmente, estas áreas são pastoreadas entre os meses de Maio a Setembro. Por isso vimos tanto fertilizante natural, muuuuuuuuito mesmo!







E subimos, subimos, subimos...



... e continuavamos a subir.





Eu encantada a tirar fotos ficava sempre para trás



Imensos azevinhos que encontramos

Na foto em baixo vemos o pico do Pé de Cabril com 1235m de altitude. De cá de baixo é tudo muito bonito mas alguém lembrou-se de procurar uma cache que estava lá no topo!!!






A vista lá de cima é magnifica mas a subida foi o cabo dos tormentos com algumas vertigens à mistura.


A passagem à vez pela fenda entre as rochas... tivemos que tirar as mochilas e tudo o que levavamos à costas e ir passando de uns para os outros. E tivemos que a fazer duas vezes.








À medida que iamos subindo a dificuldade aumentava, pela altura e pela falta de rochas de apoio.









O Filipe e o João subiram mesmo ao topo em busca da cache mas foram enganados... disseram-lhes que a cache era a imagem da Sra. que se vê na foto mais em cima...homens!



A formiga que se vê no meio das rochas é a Riplas que aproveitou para lanchar, eu também lá estou ali algures agarrada a uma rocha em pânico, já nem conseguia ir nem para trás nem para a frente...foi o meu momento terrível, mas ultrapassei-o, o que não tem remédio remediado está!



O Filipe junto das escadas de ferro que permitiam a subida ao topo.


A pausa para almoço. Já levavamos mais de 3h de caminhada e a partir daqui era começar a descer até a mata de Albergaria.





Esta expressão é de quem tinha acabado de partir a máquina fotográfica...ups. Este ano já é a terceira...

Aqui já tinhamos alcançado a estrada da mata de Albergaria e dizia a Riplas que faltavam mais 9km até ao Campo do Gerês. Mas fomos enganados...



a enorme raiz de uma árvore arrancada

Já a par do rio e depois da mata de Albergaria fomos fazendo os ultimos km já levavamos nas pernas cerca de 17km. As pernas pareciam que se iam simplesmente desencaixar do tronco mas ninguém se queixava porque a paisagem....





Chegamos ao parque de campismo do Campo do Gerês com 19,1km em 5h de caminhada e o GPS dizia que tinhamos parado 1h30.


É sem dúvida uma experiência a repetir mas agora com menos km ou com menos dificuldade.


Por Sofia Brito