Está feito o Pretorian Bike Race, não foi fácil, de todo,
para mim e também saio de lá com um sabor amargo, por tudo!
As condições climatéricas estragaram quase tudo, chuva,
frio, neve, enfim...
Excelente organização que esteve à altura deste enormíssimo
evento internacional UCI e todos sabemos que não é fácil trazer um evento desta
envergadura para o nosso país. Estiveram 16 países representados no Pretorian
Bike Race!
A preocupação da organização foi colocar, sempre, a
segurança dos atletas em primeiro lugar, vi isso de perto e isso diz tudo!
A primeira etapa, de sexta -feira, decorreu com um intenso
frio e chuva, o tempo esteve horrível mas a etapa foi
concluída.
No inicio da noite e durante a madrugada as condições agravaram-se, com muita queda de neve acima dos 700 metros, não houve condições para a etapa principal ser realizada. Só para terem noção a altimetria ia acima dos 1.000 metros, não estavam reunidas as condições de segurança mínimas (risco de quedas, hipotermia, etc.) e as estradas estavam inacessíveis até para as equipas de abastecimento e salvamento.
Em reunião de comissários, com a organização e a força
policial foi decidido alterar a etapa dos 82 km para um novo contra-relógio,
semelhante e no mesmo percurso do primeiro dia, aumentando substancialmente a
dificuldade e a quilometragem.
Com expectativas da melhoria do tempo, foi
decidido manter a terceira etapa, reduzindo a quilometragem e eliminando a zona
de cota máxima, que seriam os 1.100 metros. A partida foi alterada para as 10
horas e tudo corria dentro da normalidade até que por motivos alheios à
organização, a frente da corrida perdeu-se, inclusive eu também
(por distracção minha) mas voltei a trás e segui novamente o percurso
até à linha de meta, onde vim a saber que a corrida tinha sido
anulada/boicotada/colocada em stand by ou o que quiserem chamar porque houve
pessoal que se perdeu e não retomou a corrida gerando uma imensa confusão junta
da ZA 2 segundo depois vim a saber.
Nestas circunstâncias e porque pouco haveria a
fazer, o colégio de comissários decidiu anular a etapa de hoje,
domingo dia 18. Mesmo na insatisfação (genuína) de quem efectuou todo o
percurso, os prémios foram atribuídos tendo em conta os dois
contra-relógios de sexta (16) e sábado (17).
Tenho muita pena que tenham ocorrido todos estes percalços
pois conheço razoavelmente bem a zona e quem participou não pôde conhecer um
quinto do que esta terra tem para dar e proporcionar, ao nível da natureza,
para os amantes de mountain bike. Tresminas, Vale de Jales, Serra da Padrela,
Bornes de Aguiar, o parque eólico, sítios lindíssimos que
não houve oportunidade de serem visitados.
Um forte abraço para TODOS os elementos que ajudaram a
levantar este evento pois, para mim, merecem todo o meu respeito! Contudo não
podemos agradar a todos, creio que acabaram por tomar a melhor opção (mesmo
tendo sido prejudicado pois conclui a prova na totalidade), e os que não
aceitaram e/ou não respeitaram a decisão dos comissários gostava que se
colocassem na situação dos comissários e organizadores.
Pessoalmente tinha boas expectativas, além de me divertir,
tenho-me sentido bem com a minha condição física actual e esperava bons
resultados. É verdade que obtive um excelente lugar classificativo tendo conta
os adversários mas soube a pouco... por causa de tudo.
É um facto que eu e o frio intenso não nos damos bem mas
nunca me tinha sentido assim, parecia que tinha pedra nos pés e pernas de tão
inchados devido ao frio, minha nossa!
Um enorme agradecimento:
À Casa Fontes por toda a dedicação e pela simpatia de
sempre, têm de ir conhecer este bike-hotel e assim ainda aproveitam para
dar uma volta pelos magníficos trilhos para BTT ou mesmo aproveitar as
excelentes condições para o ciclismo de estrada.
À Progold que através do importador para Portugal me
fizeram uma visita de surpresa ao saberem que estava por lá.
A todos os meus parceiros, obrigado! Estamos na luta e com
a vossa ajuda tudo é possível!
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